Texto: Giulia da Silva Marchiori
Provavelmente você já escutou a cantoria de anfíbios próximo de corpos d’água, é bem possível que esteja acontecendo um jogo de sedução naquele ambiente.
Imagem 1: A foto mostra o amplexo nupcial de dois Dendropsophus albifrons. Foto tirada na BR 319. Autor: Thiago Silva Soares.
Os anuros são anfíbios que apresentam certa clareza no seu dimorfismo sexual, ou seja, fisionomicamente machos e fêmeas apresentam diferenças, entre elas o tamanho corporal, a presença de saco vocal e até mesmo a largura dos membros anteriores.
A grande revelação é que esses animais são grandes apaixonados e utilizam do seu dom com a vocalização para atrair parceiras e não apenas isso, eles também utilizam de abraços para manter a fêmea próxima.
Vamos aprofundar mais nesse abraço, eles são chamados de amplexo nupcial, que no caso dos anuros ocorre no período reprodutivo. Os machos abraçam as fêmeas e as seguram utilizando seus membros peitorais mantendo assim, as cloacas próximas uma da outra, facilitando a fecundação.
Esse comportamento pode durar minutos, horas e até mesmo dias, até que os óvulos sejam fecundados. Durante esse processo, a fêmea libera um muco esbranquiçado e, em seguida, deposita seus óvulos. Então os machos seguem com o processo de fertilização liberando os espermatozoides sobre os óvulos possibilitando a formação de embriões.
Por fim, fica mais fácil de entender o motivo desse abraço acontecer, ele facilita e tem maior garantia na hora de produzir descendentes para essa espécie.
Referências:
BERNADE, P.S. Anfíbios e Répteis Introdução ao Estudo da Herpetofauna Brasileira. Curitiba: Anolis Books, 2012.
HAYASAKA, Y.E.; NISHIDA, N.S. Reprodução dos anfíbios anuros. UNESP. Disponível em: https://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/Ensino_Fundamental/Origami/Documentos/Anfibios.htm. Acesso em: 01 de dezembro 2022.
NOVATO, C.M. Dimorfismo sexual e comportamento reprodutivo em anuros. MinasBio consultoria ambiental. Disponível em: https://www.minasbioconsultoria.com/post/dimorfismo-sexual-e-comportamento-reprodutivo-em-anuros. Acesso em: 28 de novembro 2022.
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