Texto: Tainara de Alencar

Essa lindinha da foto é a Pererequinha da boca pintada (Dendropsophus bipunctatus, Spix, 1824), apesar de aparentar ser muito perigosa, sua toxidade não é suficiente para causar nenhum dano nos seres humanos. Como a grande maioria das espécies encontradas em nosso estado Espírito Santo.
Mas é preciso tomar cuidado mesmo, a toxicidade dos anfíbios varia enormemente. Estudos mostram que muitas das quais têm cores vivas são venenosas, sendo assim, a coloração destas espécies provavelmente representa uma advertência, chamada de coloração aposemática é a presença de cores contrastantes e conspícuas geralmente relacionadas com a presença de algum atributo perigoso no animal (toxinas na pele) como os anuros dendrobatídeos. A coloração aposemática também pode estar confinada a apenas algumas partes do corpo do animal (exemplos: os anfíbios Phyllomedusa tomopterna, Edalorhina perezi e Eupemphyx nattereri).
A secreção das glândulas de alguns sapos e rãs, e a secreção da pele de algumas pererecas podem produzir uma irritação na pele ao manusear estes animais. Apesar disso, essas secreções normalmente causam mais efeito em animais menores, ou em contato com a mucosa da boca, no caso de predadores. Sendo assim, não há motivos para matar esses animais, pois são além de serem de grande importância ecológica, principalmente no controle de pragas, não apresentam um real risco. Apenas tome cuidado não realizando o manuseio das espécies.
Herpeto Capixaba - Pelo conhecimento e conservação dos Anfíbios e Répteis do Espírito Santo.
Referências bibliográficas
BERNARDE, P. S. 2012. Anfíbios e Répteis - Introdução ao estudo da herpetofauna brasileira. Anolis Books, Curitiba, 320p.
Коментарі